Desde sempre que os poemas de amor fazem parte da tradição portuguesa. Agora que o dia de S. Valentim se aproxima, aqui vos deixamos o clássico dos clássicos, para que dele tirem a inspiração necessária, para dizer exactamente o que sentem à respectiva alma gémea!
Amor É Fogo Que Arde Sem Se Ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
por Luís Vaz de Camões
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